11 de fev. de 2010

PRÓS E CONTRAS DA TERAPIA DE REPOSIÇÃO HORMONAL (TRH)


 “A menopausa é a fase em que a mulher passa do ciclo reprodutivo para o não reprodutivo”, esta é a definição do Comitê de Nomenclaturas da Federação Internacional de Ginecologia e Obstetrícia. Em outras palavras, o ovário deixa de produzir os hormônios estrógeno e progesterona, ocorrendo, geralmente, dos 45 aos 55 anos de idade. Mesmo não se tratando de uma doença e sim de um estágio da vida feminina, há o tratamento à base de Terapia de Reposição Hormonal (TRH), que reduz os sintomas e complicações enfrentadas neste período.

O fim da produção dos hormônios, estrógeno e progesterona, causa grandes dificuldades de adaptação da mulher à nova fase, pois além de participarem de todo ciclo menstrual, eles atuam acentuando a feminilidade. A diminuição dos hormônios leva à diminuição da lubrificação das mucosas genitais, causando dispareunia e dificulta a atividade sexual; também leva à redução do colágeno cutâneo e alterações na distribuição de gordura corporal, causando mudanças na configuração do corpo, o que, por sua vez, afeta a autoimagem feminina, favorecendo uma baixa na autoestima e a perda do desejo sexual.

Mesmo sendo muito eficaz na diminuição de efeitos desagradáveis da menopausa, como ondas de calor, suores noturnos, insônia, sensação de fadiga e outras impressões sofridas nesse período, o risco de efeitos colaterais faz da TRH um tratamento, de certo modo, polêmico.

Uma das principais observações contrárias ao seu uso é a possibilidade do desenvolvimento de efeitos colaterais graves. O tratamento com hormônios, conforme a duração do seu uso e do tipo de medicação, pode propiciar o desenvolvimento do câncer de mama, endométrio e doenças cardiovasculares. Para mulheres que já tiveram câncer endometrial (útero), câncer de mama, doença coronária (enfarte), tromboembolismo venoso, acidente vascular cerebral (derrame), doenças hepáticas, entre outras, a reposição hormonal é contraindicada. Nos EUA, por exemplo, um estudo chamado Heart and Estrogen/progestin Replacement Study (HERS), acompanhou, durante cinco anos, 2.673 mulheres em idade de pós-menopausa com doença cardíaca. Neste caso, os riscos de enfarte e outros eventos cardíacos aumentaram com a reposição de estrogênio.

Para mulheres que fazem parte desse grupo de risco ou mesmo optam por outras formas de tratamento, existem procedimentos alternativos ao uso da TRH, como os fitoterápicos, isoflavonas, ou medicações específicas para a mucosa vaginal e para a depressão. Para ondas de calor podem ser utilizados medicamentos que agem nos vasos sanguíneos evitando os “fogachos” (ondas de calor presentes no climatério). Há ainda medicamentos para amenizar os problemas cardiovasculares, as sinvastatinas e AAS, entre outros. Outra forma de tratamento é a homeopatia, também muito eficaz na diminuição dos sintomas do climatério e menopausa.

Por mais que a divulgação seja constante, é importante lembrar que para qualquer tipo de tratamento, seja com hormônios de reposição ou com uma simples pomada, deve-se consultar um especialista, pois a diferença de organismos faz do médico o único capaz de indicar esse ou aquele tratamento para evitar o excesso de sintomas desagradáveis da menopausa.

1 de fev. de 2010

Osteoporose - Os cuidados na menopausa devem ser redobrados.

 

Osteoporose - Os cuidados na menopausa devem ser redobrados
 
Uma a cada três mulheres com mais de 50 anos tem a doença. 75% dos diagnósticos são feitos somente após a primeira fratura. 
No Brasil, a cada ano ocorrem cerca de 2,4 milhões de fraturas decorrentes da osteoporose. 
200 mil pessoas morrem todos os anos no país em decorrência destas fraturas. *


A osteoporose consiste na desestruturação e diminuição da quantidade de ossos, o que pode levar a fratura da parte afetada. A estrutura óssea, como toda parte do corpo se mantém em constante mudança, ou seja, há um remodelamento continuo de retirada de osso para o sangue e a formação de novo osso. No entanto, quando o indivíduo passa dos 30 anos a reposição já não é a mesma, causando um desequilíbrio e um conseqüente enfraquecimento desse tecido.  Na mulher, o cuidado deve ser redobrado no período da menopausa.

A perda do tecido ósseo se acentua já na pré-menopausa e segue até o climatério – uma resposta à queda de estrógeno. A atenção deve ser maior, pois num período de até oito anos (dependendo do organismo feminino) há uma perda anual de até 2% de tecido. A reposição hormonal e o acompanhamento do ginecologista são essenciais para a prevenção do problema. Bebidas alcoólicas, sedentarismo e até exercício em excesso são alguns dos fatores que podem catalisar a doença. As fraturas mais comuns são no colo do fêmur, coluna e pulso, em casos mais severos pode causar a morte do paciente.

Além da reposição hormonal, outro cuidado essencial, que suaviza e diminui o risco da osteoporose, é com a alimentação. O cálcio, por exemplo, é um dos elementos que o organismo não produz, mas é primordial para o fortalecimento dos ossos, tonificação dos músculos e aumento do metabolismo. Alimentos, como leites integrais e desnatados, queijos, verduras, legumes e frutas secas são ricos em cálcio e deve estar no menu diário da mulher - A quantidade de cálcio diária recomendada pelos especialistas é de 500 a 600mg. Vale lembrar que, apesar de muito importante, o cálcio não é a única vitamina responsável pela fortificação dos ossos. Outros nutrientes, como o magnésio, também é de extrema importância contra a desmineralização óssea. 

*Fonte: Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia
www.sbem.org.br/10-coisas-que-voce-precisa-saber-sobre-osteoporose